quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 21

1524.

Research in Conservation

O Getty Conservation Institute já há vários anos que é uma das editoras de referência na área da conservação e das ciências da conservação.

Do seu catálogo consta a colecção intitulada Research in Conservation, constituída por pequenos volumes que fazem o ponto da situação a respeito de alguns temas que têm sido alvo de projectos de investigação desenvolvidos no Getty Conservation Institute. Os volumes não esgotados estão à venda no web site da instituição, mas há vários volumes, uns esgotados, outros não, que estão disponíveis na íntegra em formato pdf. O download é livre. São os seguintes:

  • Glen R. Cass; James R. Druzik; Daniel Grosjean; William W. Nazaroff; Paul M. Whitmore; Cynthia L. Whittman, Protection of Works of Art From Atmospheric Ozone, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1989, 97 pp., aqui
  • R. L. Feller; M. Wilt, Evaluation of Cellulose Ethers for Conservation, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1990, 165 pp., aqui
  • Robert L. Feller, Accelerated Aging: Photochemical and Thermal Aspects, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1994, 292 pp., aqui
  • Rakesh Kumar; Anuradha V. Kumar, Biodeterioration of Stone in Tropical Environments: An Overview, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1999, 95 pp., aqui
  • Shin Maekawa, Oxygen-Free Museum Cases, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1998, 76 pp., aqui
  • William W. Nazaroff; Mary P. Ligocki; Lynn G. Salmon; Glen R. Cass; Theresa Fall; Michael C. Jones; Harvey I.H. Liu; Timothy Ma, Airborne Particles in Museums, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1993, 145 pp., aqui
  • C. A. Price, Stone Conservation: An Overview of Current Research, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1996, 79 pp., aqui
  • Terry J. Reedy; Chandra L. Reedy, Statistical Analysis in Art Conservation Research, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1988, 110 pp., aqui
  • Charles Selwitz, Epoxy Resins in Stone Conservation, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1992, 117 pp., aqui
  • Charles Selwitz, Cellulose Nitrate in Conservation, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1988, 71 pp., aqui
  • Charles Selwitz; Shin Maekawa, Inert Gases in the Control of Museum Insect Pests, Los Angeles, The Getty Conservation Institute, 1998, 113 pp., aqui

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 20

Seguidor de Simon Bening, cerca de 1500-1525.

Las preparaciones de yeso en la pintura sobre tabla de la Escuela Española

Sonia Santos Gómez, Las preparaciones de yeso en la pintura sobre tabla de la Escuela Española, Tese de Doutoramento, Universidad Complutense de Madrid, 2005

Esta tesis doctoral constituye una aproximación a los métodos de aplicación y características del sulfato de calcio empleado en la elaboración de las capas de preparación de la pintura sobre tabla en España. La investigación incluye la reproducción de los tratamientos a los que era sometido este material de acuerdo a las indicaciones de antiguos tratadistas, con el fin de obtener yeso grueso y yeso mate. Se ha realizado un estudio morfológico y analítico de los productos obtenidos y han sido comparados con los observados en las preparaciones correspondientes a obra real. Igualmente, se ha comparado el yeso mate obtenido en el laboratorio y el correspondiente a obra real con los yesos que actualmente se comercializan bajo la denominación yeso mate o yeso de dorador. Los análisis realizados sobre estos últimos concluyen que estos materiales no presentan la morfología característica del yeso mate de las preparaciones de obra real ni la de los productos obtenidos en el laboratorio. Con respecto a su composición química, no responde en algunos casos a la habitual del yeso mate, es decir, sulfato de calcio dihidrato. Del mismo modo, se han estudiado las preparaciones de diversas obras de la Escuela Castellana. Se aporta información sobre el número de estratos, morfología y la naturaleza de los componentes mayoritarios y minoritarios.Las técnicas analíticas utilizadas han sido: microscopía óptica (MO), microscopía electrónica de barrido (MEB), microanálisis por dispersión de energía de rayos X (DEX), difracción de rayos X (DRX) y espectroscopía infrarroja por transformada de Fourier (FTIR). Además, en la tesis se incluyen numerosos datos relativos al empleo de carbonato de calcio y de sulfato de calcio para otros fines. Igualmente, se hace referencia a la pintura de sargas.

A tese está disponível na íntegra aqui.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 19

Seguidor de Quentin Massys, cerca de 1530.

The Painters' Encyclopaedia

Franklin B. Gardner, The Painters' Encyclopaedia Containing the Definitions of All Important Words in the Art of Plain and Artistic Painting, New York, M. T. Richardson, Publisher, 1891, 427 pp.

Prefácio:

The general character of this book is indicated by its title. The several topics are treated with a view to technically instruct those who desire to make a study of the art of painting as practised in the paint-shops and studios of the United States.

Every effort has been made to ensure scientific accuracy in all the statements made. The knowledge acquired during a close connection with the business for thirty-five years is embodied in these pages. The  employment of engravings, wherever it was deemed  necessary to more fully explain the letter-press, will  be found to add greatly to the value of the work as an  instructor, while the many extended articles, mostly  original, will, it is believed, be interesting even to  those who read only for pleasure, or for information on  general topics.

Care has been taken to make the book one easy of consultation, virtually, a Dictionary in one alphabet, readily distinguishable from a collection of exhaustive treatises, and as such it is submitted by the Author.

Está disponível na íntegra aqui.

domingo, 28 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 18

Rogier van der Weyden, 1435.

The Creation of Color in Eighteenth-Century Europe

Sarah Lowengard, The Creation of Color in Eighteenth-Century Europe, Livro Electrónico, Columbia University Press - American Historical Association, 2006

Índice

  • Technological Tasks and Philosophical Ideas
    • Introduction
    • Cultures of Sciences, Cultures of Technology
    • Number, Order, Form
    • Expertise and Experience
    • Conclusions
  • Interactions Between Techniques and Ideas
    • Parameters of Color Quality
    • Coloration and Chemistry
    • Sources, Materials, Techniques
  • Details of Products and Production
    • Verbal Sources
    • Object Sources
    • Printed Sources
    • Institutionalizing Practices Through Print
    • Order in Publication
    • Words for Color
    • Constant de Massoul
    • Mauclerc
    • Pfannenschmid
    • Vincent de Montpetit
    • Gautier d'Agoty
    • Le Blon
    • Neilson, Quemiset, and Homassel
    • Palmer
    • Quintessential Blues
    • Turkey Red
    • Varnish
    • Cudbear and Pompadour
    • Gonin
    • Peckitt and Berg
    • Pont
    • Prussian Blue
    • Purple of Cassius
    • Saxon Blue and Saxon Green
    • Painted and Stained Glass
    • Painted Fabric
    • Printed Fabric
    • Hand-Colored Engraving
    • Porcelain Plaque
    • Oil Painting
    • References to Encaustic Painting
    • Cobalt Refining
    • Gonin's Work Schedule
    • Blue from Ultramarine
    • Mayer's Color Algebra
    • Treatises of Watin and Mauclerc
    • Schiffermuller's Color Table
    • Sections of the Supplément
    • Lichtenberg on Mayer's Triangle
    • Werner's Color System

O livro electrónico (baseado numa dissertação de doutoramento) pode ser consultado em http://www.gutenberg-e.org. O acesso é condicionado, mas, de uma forma automática, pode ser pedido gratuitamente um acesso temporário.

sábado, 27 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 17

Maso Finiguerra, c. 1465.

Conservação e restauro em Portugal na encruzilhada de Bolonha

A Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Politécnico de Tomar organizam uma jornada de reflexão sobre “Conservação e restauro em Portugal na encruzilhada de Bolonha: desafios e oportunidades”. Decorrerá no dia 2 de Março no campus da Caparica.

Mais informações aqui.

Artists' Techniques and Materials

Acaba de ser publicado:

Antonella Fuga, Artists' Techniques and Materials, Los Angeles, The J. Paul Gety Museum, 2006, 384 pp.

Trata-se da tradução em inglês de um livro inicialmente publicado em italiano (2004),de que também existe tradução espanhola e tradução francesa.

Os diferentes capítulos abordam, a partir da imagem, os materiais e as técnicas do desenho, da impressão, da pintura, da escultura, do mosaico, da cerâmica, do vidro, das obras em metal e joalharia e das técnicas contemporâneas.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 16

1488.

"Fica a saber que não deves gastar menos tempo na aprendizagem do que o seguinte: primeiro, enquanto jovem, deves aprender durante um ano a desenhar num painel; depois deves servir numa oficina com um mestre que saiba trabalhar em todos os ramos que têm que ver com a nossa arte; e começares a trabalhar as cores; e aprenderes a fazer a cola e moer o gesso; e adquirires a prática de engessar, modelar e raspar o gesso, dourar e puncionar, durante seis anos." Cennino Cennini, cerca de 1390.

Os painéis da igreja de Santa Maria de Tavira e os problemas colocados pelo seu restauro e estudo laboratorial

Quatro pinturas do século XVI, agrupadas em dois dípticos, foram encontradas em 1949 numa igreja em Tavira. A partir de então desenrola-se um complexo processo, aqui reconstituído, que leva à detecção de outras pinturas subjacentes e à realização de sondagens que, numa das obras, envolvem a remoção de um terço da pintura visível. Em 1961 é decidido o levantamento integral das pinturas do século XVI de forma a ficarem visíveis as pinturas mais antigas, do século XV. Não obstante as recomendações da literatura disponível na época, a situação não parece ter sido cuidadosamente discutida, tendo sido profundamente condicionada pela ideologia do Estado Novo. No entanto, por razões desconhecidas, esse levantamento só vem a ser efectuado em duas pinturas enquanto nas outras duas são mantidas as imagens do século XVI e são refeitas as áreas destruídas pelas sondagens. Desta forma, o conjunto e a unidade que este apresentava foram desfeitos pela intervenção de restauro, concluída cerca de 1964. Entretanto, as pinturas são radiografadas em três ocasiões (1950, 1955-1960 e 1995), mas, ao contrário do esperado, são obtidas diferentes informações de cada vez. Duas análises da madeira do suporte (cerca de 1961 e 1995) conduzem também a diferentes resultados. Portanto, trata-se de um caso que também põe em evidência algumas limitações dos estudos laboratoriais das obras de arte e a necessidade de os resultados serem interpretados com precaução e espírito crítico.

Resumo de:

António João Cruz, "Imagens em transformação: os painéis da igreja de Santa Maria, de Tavira, encontrados na ermida de São Pedro, e os problemas colocados pelo seu restauro e estudo laboratorial", Conservar Património, 2, 2005, pp. 29-53.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 15

Século XV

Chevreul online

Eugène Chevreul (1786-1889) foi um químico francês que, quando director da fábrica Manufacture des Gobelins, estudou alguns problemas relacionados com a cor e veio a ter consequências directas e importantes na obra de alguns pintores, nomeadamente de pintores impressionistas. Uma das suas conclusões mais importantes é a de que duas cores complementares na vizinhança uma na outra se realçam simultaneamente.

Online estão livremente disponíveis as seguintes obras suas:

Mémoire sur l'influence que deux couleurs peuvent avoir l'une sur l'autre quand on les voit simultanément, 1828, aqui

De la loi du contraste simultané des couleurs, 1839, aqui e aqui (Atlas)

Recherches expérimentales sur la peinture à l'huile, 1850, aqui

The laws of contrast of colour, tradução de J. Spanton, 1857, aqui

Como saber quais os materiais utilizados numa pintura?

A matéria de que são feitas as cores é um dos aspectos habitualmente abordados no exame laboratorial de pinturas, mesmo num programa limitado à sua variante mais reduzida. A identificação de pigmentos e corantes – essa matéria – através da análise directa das obras, recorrendo a métodos não destrutivos, ou através de amostras recolhidas em locais seleccionados, procedimento este que é especialmente adequado à determinação da estrutura das camadas cromáticas, é extremamente informativa a respeito das pinturas efectivamente analisadas, mas apresenta algumas limitações especialmente quando se pretende caracterizar a obra de um pintor mais do que um determinado quadro. Estas limitações resultam, sobretudo, da pouca representatividade do conjunto de pinturas analisadas que geralmente se verifica por causa das dificuldades associadas à selecção das obras, as quais estão relacionadas, por exemplo, com a disponibilidade dos quadros, o seu proprietário, o seu valor monetário, histórico ou artístico, o seu estado de conservação ou a sua dimensão. Além disso, sucede que a identificação dos pigmentos é habitualmente feita em termos genéricos, raramente se indo além da substância responsável pela cor, não se obtendo informações sobre a diversidade de materiais que pode resultar das pequenas variações de composição associadas ao uso de várias marcas ou qualidades de tintas.

A distorção de que normalmente sofre a amostragem e as suas consequências nalguns casos pode ser atenuada pelo recurso a outras fontes de informação, ainda que assim surjam outros problemas e outras limitações. O estudo das fontes escritas, que pressupõem uma completamente diferente metodologia de exploração, constitui uma destas alternativas. Envolve, ou pode envolver, os tratados técnicos, sobretudo os escritos por pintores, os catálogos e os livros de instruções elaborados pelos fabricantes ou comerciantes de materiais para artistas, os depoimentos e os livros de memórias, a correspondência dirigida pelo pintor a amigos, familiares, comerciantes ou outras pessoas interessadas na sua obra, e documentação vária de natureza comercial que, com o passar do tempo, adquire um alcance muito mais vasto. Sobre a importância das fontes escritas, basta dizer que o conhecimento que hoje há da pintura italiana de finais do século XIV muito deve ao Livro da Arte escrito por Cennino Cennini cerca de 1390 – certamente o mais citado exemplo deste género.

Uma segunda possibilidade, apenas válida, no entanto, para o particular caso dos autores contemporâneos, é o acompanhamento directo do trabalho dos artistas e a recolha dos seus depoimentos. Pode assim obter-se informação que dificilmente se consegue de outro modo, a qual permite avaliar, com grande minúcia, a riqueza da paleta e a maneira de fazer a obra.

Uma terceira alternativa é proporcionada pelo estudo dos objectos e instrumentos de trabalho que equipam o atelier dos pintores e que chegaram até ao presente, nomeadamente pigmentos, caixas de pintura e paletas. Através de um meticuloso inventário destas colecções, por vezes complementado com análises químicas dos materiais que as integram, nalgumas circunstâncias é possível um detalhe que a análise das pinturas geralmente não proporciona, podendo precisar-se, por exemplo, as proveniências, os fabricantes ou as marcas dos materiais utilizados.

Obviamente, estas diferentes abordagens não são nem inconciliáveis, nem incompatíveis; pelo contrário, só se enriquecem mutuamente. Adoptar apenas uma delas, independentemente de ser a análise das pinturas, mais habitual, ou a exploração de outro tipo de fonte, só é justificável quando não é possível elaborar um programa de estudo integrado, seja porque não são conhecidas fontes de informação a respeito de um determinado pintor, seja por impossibilidade prática de análise das suas obras resultante de indisponibilidade das mesmas ou de dificuldade de acesso a laboratório ou equipamento de análise.

Extracto da introdução de:

António João Cruz, "A pintura de Columbano segundo as suas caixas de tintas e pincéis", Conservar Património, 1, 2005, pp. 5-19.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 14

Cerca de 1425-1430.

“Se quiseres fazer o manto de Nossa Senhora com azul da Alemanha, ou qualquer outro tecido de cor azul, começa por aplicar a fresco uma camada de sinople e de negro, duas partes de sinople e uma de negro. [...] Depois, a seco, toma azurite bem lavada com lixívia ou água límpida e trabalhada ligeiramente na pedra de moer. Depois, se o azul tem boa cor e profunda, adiciona um pouco de cola temperada, nem muito forte nem muito fraca, sobre a qual te falarei mais tarde. Adiciona também ao azul gema de ovo; mas se o azul for claro, a gema deve ser de um ovo do campo, pois são mais vermelhos. Mistura tudo bem e com um pincel macio aplica três ou quatro camadas no tecido. Quando estiver bem pintado, depois de seco, toma um pouco de índigo e de negro e escurece as pregas do manto tanto quanto puderes apenas com a ponta do pincel, voltando às sombras uma vez e outra. Se quiseres um pouco de luz no cimo dos joelhos ou de outros relevos, arranha o azul com a ponta da haste do pincel.” Cennino Cennini, cerca de 1390.

A pintura de Columbano segundo as suas caixas de tintas e pincéis

Duas caixas de pintura de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), que devem ter sido usadas cerca de 1920, contêm 64 tubos de tinta de um fornecedor inglês (Winsor & Newton) e três franceses (Morin & Janet, C. Bourgès e Lefranc). Há uma muito grande variedade de tintas que correspondem a terras com cores amarelas, vermelhas ou castanhas. Tintas de cor branca, preta ou verde, pelo contrário, há apenas um tipo de cada. Em termos do número de tubos, o ocre, a siena, a úmbria, o branco de chumbo e o azul ultramarino são os pigmentos mais abundantes; o amarelo de cádmio, o betume, o castanho de Van Dyck, o azul de cobalto e o negro de osso são os menos frequentes. Entre as ausências, merece destaque o branco de zinco. De uma forma geral, há uma clara preferência pelos pigmentos tradicionais. Por espectrometria de fluorescência de raios X, foi possível detectar a presença de cargas nalguns tubos. Da mesma forma, verificou-se que uma das tintas identificada como ocre no rótulo, na realidade corresponde a úmbria. As caixas também contêm 43 pincéis, de uma forma geral muito gastos. Embora se encontre na literatura uma referência ao generalizado mau estado de conservação das pinturas de Columbano derivado do grande uso do betume, essa afirmação não é suportada, nem pelas caixas de pintura, nem pelos processos de conservação do arquivo do Instituto Português de Conservação e Restauro. Pelo contrário, os pigmentos encontrados nestas caixas não fazem prever a ocorrência de significativos problemas de conservação nas pinturas de Columbano.

Resumo de:

António João Cruz, "A pintura de Columbano segundo as suas caixas de tintas e pincéis", Conservar Património, 1, 2005, pp. 5-19.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 13

Cerca de 1500.

Reviews in Conservation, vol. 7, 2006

Índice:

  • Christian Fischer, Ioanna Kakoulli, Multispectral and hyperspectral imaging technologies in conservation: current research and potential application
  • Elise Effmann, Theories about the Eyckian painting medium from the late-eighteenth to the mid-twentieth centuries
  • Morten Ryhl-Svendsen, Indoor air pollution in museums: prediction models and control strategies
  • Frances Lennard, Preserving image and structure: tapestry conservation in Europe and the United States
  • Lydia-Chara Pavlopoulou, David Watkinson, The degradation of oil painted copper surfaces
  • Marisa Laurenzi Tabasso, Stefan Simon, Testing methods and criteria for the selection/evaluation of products for the conservation of porous building materials
  • Lyndsie S. Selwyn, W. Ross McKinno, Removing charged species from porous archaeological material: diffusion, electromigration, electrophoresis and electro-osmosis in fully immersed objects

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 12

Primeiro quartel do século XV.

Materials for a history of oil painting

Uma das obras clássicas sobre a história das técnicas de pintura é da autoria de Charles Lock Eastlake (1793-1865), pintor e primeiro director da National Gallery, de Londres. Intitulada Materials for a history of oil painting, o primeiro volume foi publicado em 1847 e o segundo, postumamente, em 1869.

O segundo volume, incompleto em relação ao plano do autor, sob o título de Professional Essays, reúne um conjunto de pequenos textos de Eastlake que, até então, se encontravam inéditos.

A obra foi reditada em 1960 pelas Dover Publications sob o título de Methods and Materials of Painting of the Great Schools and Masters. Em 2001 os dois volumes foram reeditados num só, com cerca de mil páginas.

Do Prefácio:

The following work was undertaken with a view to promote the objects of the Commissioners on the Fine Arts. It professes to trace the recorded practice of oil painting from its invention; and, by a comparison of authentic traditions with existing works, to point out some of the causes of that durability for which the earlier examples of the art are remarkable. It was considered that such an inquiry, if desirable on general grounds, must be especially so at a time when the best efforts of our artists are required for the permanent decoration of a national edifice.

The want of a sufficiently extensive investigation of original authorities relating to the early practice of oil painting has led to various contradictory theories; and the uncertainty which has been the result has too often induced an impression that the excellence of art, in former ages, depended on some technical advantages which have been lost. It is the object of the present work to supply, as far as possible, the facts and authorities which have hitherto been wanting, so as to enable the reader to form a tolerably accurate notion respecting the origin and purpose of the methods described, and to estimate the influence of the early characteristics of the art even on its consummate practice. Whatever may be the value of the methods in question considered in themselves, a knowledge of them cannot fail to be, at least indirectly, useful. It is hoped that by substituting an approach to historical evidence for the vagueness of speculation, and by rendering it possible for modern professors to place themselves in the situation of their great predecessors in regard to merely technical circumstances, one source of interruption, if not of discouragement, in the study of the more essential qualities of art, will be removed. At the same time, the author trusts that details relating to the careful processes which were familiar in the best ages of painting will not lead the inexperienced to mistake the means for the end; but only teach them not to disdain even the mechanical operations which have contributed to confer durability on the productions of the greatest masters.

The author has, for the most part, confined himself to the description and explanation of the processes which were adopted at different times in certain schools, without entering into the discussion of their comparative merits. A mere collection of materials, though presented in due order, must, to a certain extent, assume an unconnected form: this will, perhaps, not be objected to by those who are chiefly desirous of verifying statements relating to practical details by documentary evidence. The minuter circumstances and descriptions adduced are to be regarded as connecting links in a chain of evidence which, especially when novel or when differing from received opinions, it was essential to fortify. As regards the interpretation of the various documents which have been brought together, the author has been careful, in all technical points, and indeed in all apparently questionable cases, to give the original passages together with his translations.

Índice do volume 1:

  • Introduction
  • The Ancients
  • Earliest Practice of Oil Painting
  • Oil Painting during the later part of the Fourteenth Century
  • Practice of Painting generally during the Fourteenth Century
  • Fresco Painting and Wax Painting during the Fourteenth Century
  • Vasari's Account of the Method of Oil Painting Introduced by Van Eyck
  • Examination of Vasari's Statements respecting the Invention of Van Eyck
  • Oleo-Resinous Vehicles
  • Preparation of Oils
  • Methods of the Flemish School considered generally
  • Preparation of Colours
  • Practice of Later Masters

Índice do volume 2:

  • Folco Portinari and his Descendants - Hospital of S. Maria Nuova - Ancient Florentine Academy of Painters - Antonello Da Messina - The Pollaiuoli
  • Recapitulation of Characteristics of early Flemish School - The Varnish of Tempera Pictures - Improvements by Van Eyck - Mixture of Varnish with Colour - Methods of Painting
  • Lorenzo di Credi - Leonardo da Vinci - Pietro Perugino - Francesco Francia
  • Raphael, Fra Bartolommeo, Mariotto Albertinelli, Ridolfo Ghirlandajo, Granacci, Bugiardini, Andrea del Sarto
  • Correggio
  • Venetian Methods
  • Professional Essays

Índice dos Professional Essays:

  • Colour, Light, Shade, Correggio, &c.
  • Necessity for Definitions
  • Negative Lights and Shades
  • Natural Harmonies
  • Natural Contrasts
  • Finish
  • Space
  • Effect
  • Chiaroscuro Preparations - Their Effect, Duly Managed, or Producing Depth and Richness
  • Chiaroscuro Preparations - Transparent Brown
  • Depth of Light Tints
  • Warm Shadows
  • Treatment of Green & Blue
  • Oiling Out
  • Vehicle for Shadows
  • Transparent Painting
  • Depth - Transparent Medium
  • Cool Lights on Red
  • Oil Painting
  • Macchia
  • Venetian Process
  • Bellini Thinned his Vehicle with Linseed Oil
  • Warm Outlines & Shadows
  • Neutral Tints in White and Other Draperies
  • Toning, To Mitigate Partial or General Crudeness
  • Texture - Contrast of Surface in Scumbling
  • Scumbling and Retouching
  • Crispness and Sharpness Before Toning
  • Glazing System
  • Life in Inanimate Things
  • Palette Knife
  • The Gem-like Quality
  • Facility of Execution
  • Remedies
  • How to Compose and Paint a Single Head
  • On Subjects for Painting
  • Means & End of Art

Os dois volumes estão livremente disponíveis na Internet, ainda que correspondam a diferentes edições. O 1.º está aqui e o 2.º aqui.

domingo, 21 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 11

Meados do século XII.

“Deves saber que todas as cores devem ser moídas em água límpida, se depois forem deixadas secar; e depois com clara de ovo, óleo, água com goma, vinho ou cerveja, quando forem misturadas ou temperadas.” Heraclio, cerca do século XII.

The excimer laser ablation of picture varnishes

Charalampos Theodorakopoulos, The excimer laser ablation of picture varnishes: an evaluation with reference to light-induced deterioration, Tese de Doutoramento, Royal College of Art, 2005

This thesis provides a study on the laser cleaning of three painting coatings (dammar, mastic and copal oil varnishes) with KrF excimer laser (248 nm) nanosecond pulses. Unlike previous studies on the photochemical laser ablation of polymers, most of the attention herein is paid to the contribution of the chemistry to the process across the depth profiles of the aged varnishes. Such an approach was essential because consecutive laser pulses interact with subsequent depths across the thickness of the same ablated film. Moreover, in laser cleaning applications for conservation the remaining material is more important than the material ablated. The coatings tested were clearly separated into two groups: (i) natural resin ‘spirit’ varnishes, which are initially dissolved in a solvent for the formation of the final film and (ii) pre-polymerised resin-oil varnishes, which undergo a strong heating manufacture towards the formation of viscous and insoluble films.

A tese está disponível na íntegra em http://www.amolf.nl/publications/theses/theodorakopoulos/theodorakopoulos.html

sábado, 20 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 10

1255.

"Mistura então à cor da carnação um pouco de cinábrio e um pouco menos de mínio e obténs a cor conhecida por rosada. Com ela enrubreces a maxila superior e inferior, a boca e o subqueixo, o pescoço e ligeiramente as rugas da testa, a própria testa em ambas as partes das têmporas, o nariz em comprimento e debaixo das duas narinas, as saliências e outras partes do corpo nu." Teófilo, cerca de 1122.

Color in Art

John Gage, Color in Art, London, Thames & Hudson, 2006, 224 p.

Colour is implicated in physics, in chemistry, in physiology and psychology, as well as in language and philosophy: yet it is visual art alone that has engaged simultaneously with most or all of these branches of knowledge and experience. Thus, to know art goes a long way towards knowing colour and, whereas in my earlier studies Colour and Culture (1993) and Colour and Meaning (1999), I gave some attention to the sciences of colour, in this book I approach these other topics largely through the thought and practice of artists. But, of course, this thought and these practices were, and are, inflected by the prevailing intellectual and social climate of the day, just as they in turn contribute to it.

...

This book is concerned with the history of colour, but it is not itself a history; rather, each chapter develops a theme from physics, our chemistry, or physiology, or linguistics, for example, which is intended to pinpoint that discipline’s relationship with art. Although it begins with physics and chemistry, and works through physiology, colour is primarily a psychological phenomenon. Hence, the issues raised are unlikely to be resolved, but instead will be successively reinterpreted and exemplified through the creative ingenuity of artists. I hope by the end of this survey to have conveyed some sense of this endless creativity.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 9

1136.

Lasers in the Preservation of Cultural Heritage

A revista Laser Chemistry publicou um número temático (volume 2006) sobre os lasers na preservação do património cultural, número este coordenado por Costas Fotakis, Wolfgang Kautek e Marta Castillejo.

Índice:

  • M. Castanys, M. J. Soneira, R. Perez-Pueyo, Automatic Identification of Artistic Pigments by Raman Spectroscopy Using Fuzzy Logic and Principal Component Analysis
  • Lucia Angeli, Claudio Arias, Gabriele Cristoforetti, Cristina Fabbri, Stefano Legnaioli, Vincenzo Palleschi, Giovanna Radi, Azenio Salvetti, Elisabetta Tognoni, Spectroscopic Techniques Applied to the Study of Italian Painted Neolithic Potteries
  • K. Melessanaki, C. Stringari, C. Fotakis, D. Anglos, Laser Cleaning and Spectroscopy: A Synergistic Approach in the Conservation of a Modern Painting
  • Capucine Korenberg, Alexandra Baldwin, Laser Cleaning Tests on Archaeological Copper Alloys Using an ND:YAG Laser
  • Roland Wurster, Simone Pentzien, Andrea Conradi, Jörg Krüger, Characterization of Laser-Generated Microparticles by Means of a Dust Monitor and SEM Imaging
  • Austin Nevin, Demetrios Anglos, Assisted Interpretation of Laser-Induced Fluorescence Spectra of Egg-Based Binding Media Using Total Emission Fluorescence Spectroscopy
  • Rasmus Grönlund, Jenny Hällström, Ann Johansson, Kerstin Barup, Sune Svanberg, Remote Multicolor Excitation Laser-Induced Fluorescence Imaging
  • Marta Jasinska, Jørn Bredal-Jørgensen, Gerard Sliwinski, Observation of the Laser Cleaning Effect on the Gotland Sandstone Elemental Composition
  • Rui Bordalo, Paulo J. Morais, Helena Gouveia, Christina Young, Laser Cleaning of Easel Paintings: An Overview
  • Michalina Góra, Piotr Targowski, Antoni Rycyk, Jan Marczak, Varnish Ablation Control by Optical Coherence Tomography

Os artigos estão livremente disponíveis em http://www.hindawi.com/journals/lc/volume-2006/si.lpch.html.

Studies in Conservation, vol. 51, n.º 4, 2006

Poucos dias depois de ter saído o fascículo 3 de 2006 dos Studies in Conservation, está em distribuição o último fascículo desse ano. O índice é o seguinte:

  • Jacques Brunet, Philippe Malaurent, Roland Lastennet, Évolution de l’état hydrique d’une paroi de la Salle des Taureaux de la grotte de Lascaux: conséquences
  • Ann Brysbaert, Lapis lazuli in an enigmatic 'purple' pigment from a thirteenth-century BC Greek wall painting
  • Yoon-Hee Han, Toshiharu Enomae, Akira Isogai, Hirofumi Yamamoto, Satoshi Hasegawa, Jeong-Ju Song, Seong-Woo Jang, Traditional papermaking techniques revealed by fibre orientation in historical papers
  • David Saunders, Rachel billinge, John Cupitt, Nick Atkinson, Haida Liang, A new camera for high-resolution infrared imaging of works of art
  • Panayiotis K. Kavvouras, Marilia Fotopoulou, A note on a simple device for measuring wooden artefact volume
  • Bart Schotte, Annemie Adriaens, Treatments of corroded lead artefacts: an overview
  • Chan Hee Lee, Myeong Seong Lee, Yeong Taek Kim, Jiyoung Kim, Deterioration assessment and conservation of a heavily degraded Korean stone Buddha from the ninth century

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 8

Finais do século XII.

“Pera tenperar o azul, toma a goma arabica luzente e fina en agua en ua taça. E depois toma aquela taça en que estover e coa-l-as con um pano de linho. E toma a terça parte da crara do ovo e deita com ela no corno o na concha.” O Livro de como se fazem as cores, século XV.

A Arte dos Minerais (ou dos Metais) segundo Georgius Agricola

De Re Metallica, de Georgius Agricola, publicado pela primeira vez em 1556, em Basileia, em latim, é uma súmula, baseada na experiência de tudo o que na ocasião era conhecido sobre os minerais e em particular sobre os metais. Ilustrado com cerca de trezentas gravuras, durante muitas décadas constituiu a obra de referência sobre a metalurgia.

Os 12 livros (ou capítulos) que constituem a obra incidem sobre os aspectos seguintes:

  1. A mineração e a sua posição nas actividades humanas
  2. As antigas minas e a actividade de prospecção de metais e minerais
  3. Os veios dos minerais
  4. A organização da mina
  5. Os princípios da mineração
  6. Os instrumentos e os equipamentos necessários à mineração
  7. Ensaio de minérios e de metais
  8. A preparação dos minérios
  9. Minérios e fornos
  10. Separação de metais preciosos existentes noutros metais
  11. Separação da prata existente no cobre
  12. Sobre os sais, solventes, etc.

Em 1912 foi publicada a primeira (e única) tradução em inglês, devida a Herbert Clark Hoover, um geólogo, e Lou Henry Hoover, uma latinista, a qual é hoje a edição de referência, não só pelo idioma, como pelas extensas e pormenorizadas anotações e comentários. Essa edição foi reimpressa pela primeira vez em 1950 pelas Dover Publications e, depois dessa data, várias outras vezes, continuando actualmente à venda. No entanto, está disponível na Internet, num formato digital de elevada resolução. O seu endereço é o seguinte:

http://posner.library.cmu.edu/Posner/books/book.cgi?call=669_A27D

A edição original, em latim, de 1556, também está disponível, em dois endereços:

1) http://posner.library.cmu.edu/Posner/books/book.cgi?call=669_A27D_1556

2) http://archimedes.mpiwg-berlin.mpg.de/cgi-bin/toc/toc.cgi?step=thumb&dir=agric_remet_001_la_1556

Mais edições de Vitrúvio online

Ao rol das 21 edições do tratado De Architectura, de Marco Vitrúvio Polião, que estão livremente disponíveis na Internet que divulguei há alguns dias é possível acrescentar mais duas que entretanto encontrei:

1567, Venetii Danielis Barbari, edição em latim, http://archimedes.mpiwg-berlin.mpg.de/cgi-bin/toc/toc.cgi?dir=vitru_archi_514_la_1567

1567, Venetia, Daniele Barbaro, tradução em italiano, http://archimedes.mpiwg-berlin.mpg.de/cgi-bin/toc/toc.cgi?dir=vitru_archi_045_it_1567

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 7

Cerca de 1360.

"Começa a trabalhar no painel, em nome da Santísima Trindade; invoca sempre esse nome e o da Gloriosa Virgem Maria." Cennino Cennini, cerca de 1390.

Making Renaissance Art

Kim W. Woods (ed.), Making Renaissance Art, New Haven-London, Yale University Press - The Open University, 2007

Da introdução:

This book is indebted to the materials and techniques approach and it does include some quite detailed analysis of technical procedures, but it is not primarily a book on technical processes. Nor is it narrowly concerned with authorship or workshop practice, though it touches on these issues as well. The stance on ‘making’ taken here is more elusive and wider ranging, and it includes taking a fresh look at priorities and values in the making of Renaissance art, reviewing some common assumptions that live on even though they have faced challenge for decades within the academic world.

Índice:

  • Kim W. Woods, Introduction
  • Catherine King, Drawing and workshop practices,
  • Carol M. Richardson, Construction space in Renaissance painting
  • Kim W. Woods, The illusion of life in fifteenth-century sculpture
  • Tim Benton, Architecture: theory and practice
  • Diana Norman, Making Renaissance altarpieces
  • Catherine King, Making histories, publishing theories

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 6

1402.

Posibilidades plásticas del polímero acrílico Paraloid B-72 utilizado como aglutinante pictórico

Lucimar Inés Predebon, Posibilidades plásticas del polímero acrílico Paraloid B-72 utilizado como aglutinante pictórico, Tese de Doutoramento, Universidad Complutense de Madrid, 2005

Esta tesis es de naturaleza teórico-práctica en la cual se conjugan unas premisas técnicas, teóricas y prácticas. El centro de esta investigación es la utilización del polímero acrílico Paraloid B-72 empleado como aglutinante pictórico. Los aspectos teóricos y descriptivos se refieren a la descripción de los materiales utilizados, al análisis de la intervención de este polímero en la técnica pictórica y su repercusión histórico-artística. Los aspectos empíricos se refieren a la práctica experimental a través de la búsqueda de posibilidades plásticas a ser obtenidas con la utilización de este aglutinante. La práctica experimental consta de tres momentos: 1) Proceso técnico de selección de los materiales y elaboración de la masilla. 2) Distribución de la masilla en el soporte pictórico y exploración del procedimiento pictórico en su potencialidad. 3) Análisis descriptivo de las muestras experimentales a través de la observación e interpretación de los resultados obtenidos en la práctica.

A tese está disponível na íntegra aqui.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 5

Cerca de 1350.

"Deves saber que há sete cores naturais, isto é, quatro propriamente naturais devido à sua natureza terrosa, como o preto, o vermelho, o amarelo e o verde. As outras três são cores naturais, mas devem ser ajudadas artificialmente como o branco, o azul ultramarino, da Alemanha, o giallorino". Cennino Cennini, cerca de 1390.

Studies in Conservation, volume 51, n.º 3, 2006

Acabou de ser distribuído o 3.º fascículo de 2006 dos Studies in Conservation. Segue o índice:

  • Carolina Cardell-Fernández and Carmen Navarrete-Aguilera, Pigment and plasterwork analyses of Nasrid polychromed lacework stucco in the Alhambra (Granada, Spain)
  • Sara Pavía and Susana Caro, Origin of films on monumental stone
  • Debra Carr, Brian Niven and Lynn Campbell, Effects of selected aqueous treatments on the properties of two papers
  • Lu Allington, Investigation into the deterioration of palaeontological specimens stored in glycerol
  • Paul Garside and Paul Wyeth, Identification of cellulosic fibres by FTIR spectroscopy: differentiation of flax and hemp by polarized ATR FTIR
  • Geert van der Snickt, Olivier Schalm, Joost Caen, Koen Janssens and Manfred Schreiner, Blue enamel on sixteenth- and seventeenth-century window glass: deterioration, microstructure, composition and preparation
  • Iva Rezic, Dragica Krstic and Ljerka Bokic, A note on the determination of the binder composition on an historic painted textile

domingo, 14 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 4

Cerca de 1280.

"Toma uma pedra de pórfiro vermelho, que é uma pedra forte e sólida; mas há vários tipos de pedras para moer as cores, como o pórfiro, a serpentina e o mármore. A serpentina é uma pedra macia e não é boa; o mármore ainda é pior, pois é muito macio. Mas o pórfiro é a melhor pedra de todas. É melhor uma que não seja muito polida, com uma largura de meio braço e quadrada. Depois toma uma pedra para segurares na tua mão, também de pórfiro, mas plana por baixo e arredondada no topo e com a forma de tigela, mas menor do que uma tigela; com uma forma que não impeça a mão de a poder mover para um lado e para outro, como quiseres." Cennino Cennini, cerca de 1390.

Silver mirroring on silver gelatin glass negatives

Giovanna Di Pietro, Silver mirroring on silver gelatin glass negatives, Tese de Doutoramento, Universität Basel, 2002

Silver mirroring is a bluish metallic sheen appearing on the surface of silver based photographs as result of ageing. One of the photographic processes most affected by silver mirroring is that of silver gelatin glass negatives, the most common photographic negative process between the 1880s and the 1920s.

Silver mirroring can appear in a variaty of patterns which can be grouped in two categories: edge patterns and inner patterns. Edge patterns, the most usual silver mirroring patterns, include all the cases in which the mirroring stain is distributed at the four edges of the plate. Inner patterns include all the cases as spots, lines, irregular shapes of the silver mirroring stains located at the centre of the negative. As patterns do not arise by coincidence but they are the result of simple physical processes, the investigation of silver mirroring patterns gives information on the process of silver mirroring formation and on the conditions under which the degradation has taken place. The knowledge of these processes is the basis to decide rationally on the conditions and on the materials best suited to prevent or mitigate silver mirroring degradation.

In this work both the local and the pattern formation of silver mirroring are investigated. As far as the local formation of silver mirroring, this work presents new experimental results which allows to propose some improvements to the established physical-chemical model of local silver mirroring formation (the so-called oxidation-migration-re-aggregation model or Henridks' model) (Chapter 3). As far as the formation of silver mirroring patterns, a model of diffusion and reaction of gases with the emulsion which explain the formation of edge patterns, both on historical plates and on freshly processed plates exposed to a polluting environment, was developed and tested with experiments (Chapter 4). Among the inner patterns, the particular case of stains with shape resembling the creases of the glassine envelopes in which the plates were stored in analysed and the creasing of glassine papers when exposed to humidity is investigated (Chapter 5).

Moreover, this work presents a large number of examples of silver mirroring patterns on silver gelatin glass plates and a literature review of the models dealing with the formation of silver mirroring.

A tese está disponível na íntegra em http://iaq.dk/silvermirror/index.html

sábado, 13 de janeiro de 2007

Treatise of photography on collodion

Charles Waldack, Peter Neff, Jr., Treatise of photography on collodion, 2nd edition, Cincinnati, Longley Brothers, 1858

In presenting the following pages to the public, it is from no egotistic belief on our part that our processes are infallibly the best, nor that the tone and perfection of our own practical results are the finest; but we are prompted by altogether different feelings.

The motives which have induced us to undertake this labor and work are those which embrace the general good and instruction of all artists.

Works upon this subject are in some respects deficient, by not combining practical details with the chemistry of Photography. We do not say how far we have succeeded in our aims, but we have endeavored to familiarize the subject to the understanding of the poorest operator, and still prove beneficial to the most skillful.

In the chemistry of the subject, we have used such language as will be understood, and yet be free from its nomenclature. It is designed to make the operator practically acquainted with the nature and relations of the salts, acids, solvents, and solutions which he employs; so that his operating room shall become a, little laboratory, wherein he shall understandingly prepare his chemicals, and when not in working order, correct them.

The work is the result of long practical acquaintance with the subject of patient investigation and experiment; and it is hoped that it may supply a want which is seriously felt by the great class of Photographers.

Livro disponível na íntegra aqui.

Os trabalhos do pintor: 3

Moagem do vermelhão, Hortus Sanitatis, Mayence, 1484.

"Se o moeres todos os dias durante vinte anos, ele ficará melhor e mais perfeito." Cennino Cennini, cerca de 1390.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Os trabalhos do pintor: 2

Século XIV

Os trabalhos do pintor: 1

Século I

Os trabalhos do pintor

Imagens. O pintor na sua actividade, a manipular os materiais e a usar o equipamento. Retratos ou auto-retratos. Reais ou imaginários.

O cavalete, o painel de madeira ou a tela, a paleta, os pincéis, as tintas e os recipientes onde se guardam. As molduras que continuam o suporte. As grades, temporárias ou definitivas. As preparações de variadas cores. O desenho preparatório que ainda não é subjacente. O trabalho dos ajudantes atrás do mestre. A moagem das cores, isto é, das tintas. Fragmentos.

20 séculos de trabalho.

Documentação para uma história material e técnica da arte.

Efecto de los vapores de los acidos acetico y formico en la degradacion y patinado del cobre

Emilio Cano Diaz, Efecto de los vapores de los acidos acetico y formico en la degradacion y patinado del cobre, Tese de Doutoramento, Universidad Complutense de Madrid, 2001

La conservación del Partrimonio Histórico Artístico exige conocer los mecanismos de degradación de los materiales que lo componen. En el caso de los materiales metálicos, últimamente se ha comprobado que los ácidos orgánicos presentes en interiores de museos y vitrinas pueden suponer una amenaza para la conservación de los mismos. El cobre es, posiblemente, el metal más importante en el Partrimonio Histórico Artístico, en estado más o menos puro o formando aleaciones, principalmente bronce o latón. Sin embargo, no existen apenas estudios del efecto de los vapores de los ácidos orgánicos sobre el cobre.

En la presente Memoria se ha estudiado el efecto de los vapores de los principales ácidos orgánicos presentes en interiores, acético y fórmico, en la degradación y formación de la pátina sobre el cobre, a distintas concentraciones entre 10 y 300 ppm y al 40, 60, 80 y 100% de humedad relativa, durante un tiempo de exposición de 21 días. A efectos comparativos, se ha estudiado la corrosión del cobre a las distintas humedades relativas en atmósferas sin contaminar por ácidos.

Se ha estudiado la velocidad de corrosión mediante ensayos gravimétricos y se han caracterizado los productos de corrosión presentes en la pátina formada por medio de métodos electroquímicos, difracción de rayos X, espectroscopía infrarroja por transformada de Fourier, microscopía electrónica de barrido, análisis termodiferencial y termogravimétrico y espectroscopía fotoelectrónica de rayos X. Para lograr una correcta interpretación de los espectros obtenidos por ésta última técnica, se han analizado patrones de acetato, formiato e hidróxido de cobre.

Los resultados obtenidos han mostrado que en las condiciones estudiadas los ácidos acético y fórmico provocan una importante corrosión en el cobre, que lleva aparejada un gran cambio en el aspecto del mismo, fomándose una pátina de colores marrónes más o menos oscuros, grises azulados o distintos tonos de verdes, dependiendo de las concentraciones de los contaminantes y la humedad relativa. La velocidad de corrosión causada por el ácido acético es mayor en las muestras expuestas a las mayores concentraciones y humedades relativas. Sin embargo, a las concentraciones de ácidos menores y humedades relativas más bajas el ácido fórmico resulta más corrosivo para el cobre.

Los principales componentes encontrados en las pátinas han sido cuprita (Cu2O), acetato de cobre dihidratado (Cu(CH3COO)2·2H2O) e hidroxiacetato de cobre dihidratado, (Cu4(OH)(CH3COO)7·2H2O) , muestras expuestas a vapores de ácido acético, y formiato de cobre tetrahidratado (Cu(HCOO)2·4H2O) e hidróxido cúprico hidratado (Cu(OH)2·H2O) en las muestras expuestas a los vapores de ácido fórmico.

A tese está disponível na íntegra em http://www.ucm.es/eprints/4457/.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Obras de Leonardo da Vinci

Estão disponíveis online diversas edições de obras literárias de Leonardo da Vinci, algumas das quais continuam a ser as edições de referência. Segue uma lista (certamente incompleta) ordenada cronologicamente:

  • Traité de la peinture de Leonard de Vinci, traduit par R.F.S.D.C. [Roland Fréart sieur de Chambray], 1651: aqui
  • Traité de la peinture par Leonardo de Vinci, traduit par Roland Fréart, 1716 : aqui (imagem)
  • Trattato della pittura de Lionardo da Vinci, Carlo Amoretti, 1804: aqui (imagem)
  • Treatise on Painting by Leonardo da Vinci, translated from the italian by John Francis Rigaud, 1877: aqui (imagem)
  • The Literary works of Leonardo da Vinci, compiled and edit from the original manuscripts by Jean Paul Richter, 1883: vol. 1 e vol. 2 (imagem)
  • The Notebooks of Leonardo Da Vinci, translated by Jean Paul Richter, 1888: vol. 1 e vol. 2 (texto)
  • The Notebooks of Leonardo da Vinci, arranged, rendered into English and introduced by Edward MacCurdy, 1905-1958: vol. 1 e vol. 2 (imagem)
  • Leonardo da Vinci’s Note-Books, arranged, rendered into English and introduced by Edward McCurdy, 1923: aqui (imagem)
  • Trattato della Pittura di Leonardo da Vinci, a cura di A. Borzelli e R. Carabba, 1924: aqui (texto)
  • Trattato della pittura di Leonardo da Vinci, 1947: aqui (texto)
  • Treatise on Painting by Leonardo da Vinci, translated and annotated by A. Philip McMahon, 1956: vol. 2 (imagem)
  • Aforismos, traducción de E.García Zúñiga, 1965: aqui (texto)
  • Aforismi, novelle e profezie di Leonardo da Vinci, 1993: aqui (texto)

Uma obra clássica sobre Leonardo está igualmente disponível online:

  • Kenneth Clark, Leonardo da Vinci. An Account of His Development as an Artist, 1952, aqui (imagem)

A Laboratory Manual for Architectural Conservators

Jeanne Marie Teutonico, A Laboratory Manual for Architectural Conservators, Rome, ICCROM, 1988

Livro, com procedimentos simples para a análise de materiais arquitectónicos, disponível na íntegra aqui.

Índice:

General Principles: Laboratory Science

1. Sampling 3

2. Measurement and Error: Precision, Accuracy, Statistics 7

3. Measurement: Mass (Use of the Balance) 11

4. Measurement: Length (Use of the Vernier Caliper and Micrometer) 16

5. Measurement: Volume 21

6. Measurement: Solutions 26

7. Measurement: pH 30

Porous Building Materials

8. Water Absorption by Total Immersion 35

9. Water Drop Absorption 41

10. Penetration of Water: Capillary Action 43

11. Porosity of Granular Beds 45

12. Porosity in Solids: Indirect Measurement by Water Absorption 50

13. Porosity in Solids: Hydrostatic Weighing 52

14. Movement of Salts 56

15. Salt Crystallization 57

16. Qualitative Analysis of Water-soluble Salts and

17. Semiquantititive Analysis of Water-soluble Salts 68

Earthen Building Materials

18A. Particle Size Analysis: Part I Sieving Procedure 73

18B. Particle Size Analysis: Part II Sedimentation Procedure: Hydrometer Method 83

19. Plastic Limit of Soils 96

20. Liquid Limit of Soils 102

Stone. Brick and Mortars

21. Mortar Analysis: Simple Method 113

22. Analysis of Calcium Carbonate Content in Mortars: Calcimeter Method 117

23. Mixing Mortars for Conservation 119

24. Cleaning Building Stone 123

25. Repointing of Stone and Brickwork 127

26. Investigation of the Carbonation Process in Lime Mortars by Means of Phenolphthalein 129

Architectural Surfaces: Renders. Plaster (Intonaco). Paint

27. Sampling of Architectural Surface Materials 137

28. Imbedding a Sample for Cross Section 139

29. Cutting and Polishing a Cross Section of Surface Material; Observation of the Sample 143

30. Simplified Method for Imbedding and Polishing a Cross Section of Plaster or Paint 148

Wood

31. Wood Structure 155

32. Swelling and Shrinkage of Wood 158

33. Cross Sections and Identification of Wood 161

34. Test Loading of Wood 163

35. Preparation and Application of Traditional Oil House Paint 167

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

A History of Architectural Conservation

Jukka Jokilehto, A History of Architectural Conservation, Tese de Doutoramento, University of York, 1986

The aim of the study has been to investigate the history and development of major national European philosophies, i.e. those in Italy, England, France and Germanic countries, in respect to historic buildings, monuments and sites, the cross fertilization of these ideas and principles, and their contribution towards an international approach in the treatment of historic structures. Five case studies have been examined in depth for examples in the treatment of historic buildings; these are the Colosseum (Rome), the temple of Athena Nike (Athens), Durham Cathedral (England), Magdeburg Cathedral (Prussia) and the Madeleine in Vézelay (France). The study extends from the Italian Renaissance over to the period following the Second World War, and distinguishes between the traditional approach to the treatment of historic monuments, the ‘romantic restoration’ established in the Italian Renaissance and developed particularly in the nineteenth century (Schinkel, Scott, Mérimée, Viollet-le-Duc), the ‘conservation movement’ emphasizing the material authenticity and documentary value of the monument (Ruskin, Morris, Boito), and the modern conservation theory which is based on a critical historical evaluation of the work of art in its aesthetic, historical and use values (Riegl, Argan, Brandi), and is reflected in the Venice Charter (1964) and in the policy of ICCROM and ICOMOS.

A tese está disponível na íntegra em http://www.iccrom.org/eng/02info_en/02_04pdf-pubs_en/ICCROM_doc05_HistoryofConservation.pdf.

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Estabilidad de los papeles para estampas y dibujos

Ruth Viñas Lucas, Estabilidad de los papeles para estampas y dibujos: el papel como soporte de dibujos y grabados. Conservación, Tese de Doutoramento, Universidad Complutense de Madrid, 1994

El objetivo principal de esta Tesis ha sido determinar la permanencia de un grupo de papeles destinados a ser soporte de obras de arte. Antes de realizar el análisis de cada uno de los 55 tipos de papel que componían la muestra ha sido necesario establecer el método experimental y los atributos que debería poseer un papel de uso artístico para ser calificado como permanente.

Para poder alcanzar este segundo objetivo se ha realizado un exhaustivo estudio de la normativa referente a la permanencia del papel. La inexistencia de una norma satisfactoria para la determinación de la permanencia en papeles de uso artístico ha derivado en la aplicación conjunta de una serie de normas, cuyos ensayos experimentales han sido complementados con otros encaminados a efectuar una comparación que revelara el método más adecuado para la determinación de la permanencia de los papeles artísticos.

La evaluación de la permanencia ha puesto de manifiesto la inadecuación de la gran mayoría de los soportes que componen la muestra; esto nos ha llevado a proponer un método para prolongar la vida de los papeles de uso artístico. En esta línea se ha demostrado cómo la desacidificación con hidróxido cálcico, que puede ser aplicada por el propio artista antes de la realización de su obra, mejora de manera considerablemente satisfactoria las cualidades para la conservación en los papeles analizados.

Así, la Tesis que ahora se expone tiene tres vertientes claramente diferenciadas:

1 - La búsqueda de un método para la evaluación de la permanencia de los papeles artísticos, tras el estudio comparativo de la normativa existente.

2 - El análisis de un grupo de 55 papeles para determinar su permanencia.

3 - La propuesta de un método para prolongar la permanencia de las futuras obras de arte sobre papel, junto con la comprobación de su eficacia.

A tese está disponível na íntegra em http://www.ucm.es/eprints/1721/.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Uso de adsorventes para a remoção de poluentes em museus

Studies on the adsorption of acetic acid by activated carbons, zeolites and other adsorbent materials related with the preventive conservation of lead objects in museums showcases

To test the suitability of adsorbents such as activated carbons, zeolites, and other materials to adsorb acetic acid vapours that are liberated inside museum showcases and may destroy lead objects, the adsorption capacities at the saturation pressure and the isotherms of adsorption at lower pressures were determined. The results obtained show that the NaX zeolite in pellet form and the RB4 activated carbon are the best adsorbents. Additionally, they show that materials with sodium content exhibit an exchange process that may be very important, particularly in the case of NaX zeolite. Some of the parameters determined (saturation capacity, Henry constant, kinetic parameter) seem to be related in a simple manner (although there are adsorbents that do not agree with the general trend). However, it was not found a simple relation between the specific surface area previously determined with nitrogen at 77 K and the acetic acid saturation capacity at room temperature.

Resumo de:

António João Cruz, João Pires, Ana P. Carvalho, M. Brotas de Carvalho, “Studies on the adsorption of acetic acid by activated carbons, zeolites and other adsorbent materials related with the preventive conservation of lead objects in museums showcases”, Journal of Chemical and Engineering Data, 49(3), 2004, pp. 725-731.

Artigo completo:

http://dx.doi.org/10.1021/je034273w
[acesso condicionado]

 

Physical adsorption of H2S related to the conservation of works of art: the role of the pore structure at low relative pressure

The adsorption isotherms of H2S in selected adsorbents were determined at 298 K, at relative pressures up to about 0.005, aiming the use of these materials in the removal of that pollutant from the museums atmosphere. The Dubinin-Astakhov equation adjusts very well the experimental results, although one cannot interpret the pre-exponential factor w0 as the limiting adsorbed amount. The parameter E, related with the adsorption energy, and the parameter n, that can be associated with the surface heterogeneity of the adsorbents, are correlated and the first is also correlated with the adsorbed amounts. It was not found any expectable relationship between the adsorbed amounts and textural parameters of the adsorbents such as the specific surface area or the microporous volume. This points out that the adsorption of H2S is highly specific. In general, 13X and Y sodium zeolites seem to be the most effective adsorbents, but at lowest tested pressures, near the concentrations found at museums, a pillared clay prepared from a Wyoming montmorillonite seems to be more efficient.

Resumo de:

António João Cruz, João Pires, Ana P. Carvalho, M. Brotas de Carvalho, “Physical adsorption of H2S related to the conservation of works of art: the role of the pore structure at low relative pressure”, Adsorption, 11(5-6), 2005, pp. 569-576.

Artigo completo:

http://dx.doi.org/10.1007/s10450-005-5614-3
[acesso condicionado]

domingo, 7 de janeiro de 2007

As múltiplas edições de Vitrúvio

O tratado De Architectura, de Marco Vitrúvio Polião, escrito no século I a.C., muito provavelmente depois de 27 a.C., tem tido uma fortuna editorial sem par entre os livros técnicos. Desde 1486, data em que teve a primeira edição impressa, em Roma, têm-se sucedido as edições do texto latino e as traduções em diversos idiomas.

Os dez livros em que está dividido o tratado abordam tudo o que directa ou indirectamente tem que ver com a arquitectura, desde a escolha do local onde deve ser implantado um edifício até à preparação das argamassas e dos pigmentos a usar nas suas paredes. Além disso, tratam também de assuntos que, de forma alguma, esperaríamos encontrar hoje num volume dedicado à arquitectura – como, entre muitos outros, o do famoso episódio de Arquimedes a gritar Eureka! pelas ruas, que faz parte da mitologia da ciência.

Traduções integrais para português, já foram publicadas três:

  • H. Rua (ed.), Vitrúvio. Os Dez Livros de Arquitectura, Lisboa, Departamento de Engenharia Civil, Instituto Superior Técnico, 1998.
  • Marco Aurélio Lagonegro (ed.), Marco Vitrúvio Polião. Da Arquitectura, São Paulo, Hucitec - Annablume, 1999. 2.ª edição: 2002.
  • M. Justino Maciel (ed.), Vitrúvio. Tratado de Arquitectura, Lisboa, IST Press, 2006.

Existe também tradução da parte respeitante aos pigmentos usados em pintura:

  • António João Cruz, "As cores vitruvianas. Os materiais da pintura mural romana segundo o tratado de Vitrúvio", Artis - Revista do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 3, 2004, pp. 67-86.

Há referências a uma tradução em que trabalhava Pedro Nunes cerca de 1541, mas que não chegou a ser impressa e entretanto se perdeu.

Online estão disponíveis, pelo menos, as seguintes edições (na maior parte dos casos sob a forma de imagem):