Nuno Gonçalves e a sua obra,
segundo José de Figueiredo
Uma das obras incontornáveis sobre o pintor quatrocentista Nuno Gonçalves e o famoso políptico, actualmente no Museu Nacional de Arte Antiga, que lhe é atribuído, é o livro de José de Figueiredo, publicado em 1910, intitulado precisamente O Pintor Nuno Gonçalves.
No entanto, a respeito dos materiais, muito do que é aí dito foi desmentido pelos estudos laboratoriais entretanto realizados. Essa situação é discutida em António João Cruz, "Do certo ao incerto: o estudo laboratorial e os materiais do políptico de S. Vicente", in Nuno Gonçalves. Novos Documentos. Estudo da pintura portuguesa do séc. XV, Lisboa, Instituto Português de Museus - Reproscan, 1994, pp. 41-45, cujo texto está acessível aqui.
Índice:
Parte primeira
- Historia dos paireis quatrocentistas do Patriarchado, conhecidos pelos «paineis de S. Vicente»; noticia dos vandalismos que sofreram e da sua restituição ao estado primitivo; sua identificação com o retabulo quatrocentista do altar de S. Vicente da Sé de Lisboa
- Personagens representados nos paineis. - Significado histórico da obra de Nuno Gonçalves
- Nuno Gonçalves; a sua rubrica; documentos relativos á sua vida artística
- Madeiras nacionaes e extrangeiras; valor d’este elemento para a nacionalização da obra d'arte
Parte segunda
- Os paineis; sua analyse. – A obra de Muno Gonçalves e a dos pintores neerlandezes e italianos da epocha. - Qualidades e defeitos dos paineis. – Nuno Gonçalves como colorista; o retratista; o decorador; sua concepção do claro-escuro; singularidade e superioridade dos seus processos technicos. – Discriminação da obra de Nuno Gonçalves da do seu ou seus collaboradores
- A evolução da pintura primitiva portugueza e os paineis de S. Vicente. – O pintor Jean Malouel; caracter cosmopolita da sua obra.– A origem do naturalismo na pintura portugueza: Nuno Gonçalves e mestre Antonìo Florentim. – A escola dos Van Eyck e a de Giotto; a influencia italiana do «trecento» e a neerlandeza na obra de Nuno Gonçalves; caracter nacional da obra d'este pintor
- Origem da nossa arte da pintura: Arte Gallega e Portugueza; sua absoluta identidade; a pintura a «fresco» áquem e alem Minho; influencia d'este processo de pintar na evolução da pintura portugueza. – O Painel do Convento de Belvis (Galliza). Identidade do modo particularissimo de «preparar» as taboas em Nuno Gonçalves e em alguns artistas portuguezes accentuadamente regionaes, da primeira metade do seculo XVI. – A arte portugueza a partir da dynastia de Aviz: D. João I. Os Infantes D. Pedro e D. Henrique; seu amor pelas coisas d’arte. D. Affonso V; temperamento e cultura artística d’este Rei; noticia de alguns pintores que trabalharam no seu reinado. – A escola de pintura primitiva catalã e a portugueza – Alvaro de Pedro, Taddeo Bartoli e mestre Antonio Florentim
- Conclusão: existencia de uma escola primitiva de pintura portugueza; sua divisão em dois períodos; seu caracter
O livro está integralmente disponível aqui.
Comentários:
Fazer um comentário