segunda-feira, 17 de maio de 2010

Estudo da degradação de óleos secativos de tintas do século XIX

Acabou de ser disponibilizada online a seguinte tese de mestrado:

Joana Cristina Vaz Pedroso, Estudo da Degradação de Óleos Secativos, em Tintas de Amadeo de Souza-cardoso, Silva Porto e Gustave Courbet, Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 2009.

Está aqui.

Resumo:

Neste trabalho foi feito o estudo da degradação de tintas de óleo e da influência dos pigmentos e cargas na sua degradação. Os casos de estudo são tintas envelhecidas naturalmente, recolhidas da paleta de Silva Porto, da tela “Floresta Fechada” do pintor Gustave Courbet, e ainda dos tubos de tinta de Amadeo de Souza-Cardoso. Dado a cronologia de vida destes artistas, foi permitido estudar a evolução da degradação de um óleo secativo num período de 150 a 100 anos, até hoje. Foi verificada a existência de um padrão de degradação, que se traduz na formação de ácidos carboxílicos e sabões metálicos. O ião chumbo apresenta o maior poder catalisador na formação destes produtos de degradação. Este estudo foi feito por µ-Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier, usando a 2ª derivada como método adicional, o que facilitou a interpretação de dados. Foi ainda feita a caracterização molecular de algumas cores da tela “Floresta Fechada” do pintor francês Gustave Courbet, e finalmente um estudo da composição de pigmentos ocre, que provou ser bastante útil no estudo da degradação das tintas de óleo.

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